A triste realidade da agressão a médicos é comprovada em estatísticas da Organização Panamericana de Saúde, que aponta 66% de médicos que já presenciaram ou sofreram agressões no exercício profissional. No Brasil a realidade é a mesma, tendo a Associação Paulista de Medicina encontrado, em São José do Rio Preto, 63% de médicos que referem a mesma realidade comprovada pela OPAS. Os médicos mais atingidos são jovens e mulheres, sendo 78% com idade entre 24 e 34 anos. As causas mais comuns da agressão são demora no atendimento, normalmente por superlotação ou falta de número adequado de profissionais, falta de recursos para o atendimento e notícias de óbito. Três quartos das agressões ocorreram em instituições públicas.
O que o médico deve fazer?
Se houve ameaças:
- Registre ocorrência na delegacia mais próxima ou online;
- Informe, por escrito, às diretorias clínica e técnica sobre o ocorrido, apresente dados dos envolvidos e testemunhas;
- Encaminhe o paciente a outro colega, se não for caso de urgência e emergência.
Se houve agressão física:
- Compareça à delegacia mais próxima e registre o boletim de ocorrência (haverá necessidade de exame do corpo de delito);
- Apresente dados dos envolvidos na agressão e de testemunhas;
- Comunique o fato imediatamente às diretorias clínica e técnica para que seja providenciado outro médico para assumir suas atividades.
O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte dispões de equipe de fiscalização e de advogados e deve ser comunicado para orientação e defesa dos Médicos que se sintam em risco ou sofram violência.
Natal, 13 de abril de 2022
Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do Sinmed RN