Foto: Reprodução |
Nesta quinta-feira, 12 de setembro, a obra de recuperação da Ponte de Igapó, crucial para a mobilidade entre a zona Norte de Natal e o restante da capital, completa um ano. Iniciada em setembro de 2023, a obra já está bem atrasada. Originalmente prevista para ser concluída em janeiro de 2025, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) agora adiou o prazo para maio do próximo ano, elevando a duração para preocupantes 20 meses.
A lentidão no andamento, que até o final do primeiro semestre de 2024 havia alcançado apenas 35% de conclusão, expõe a ineficiência na gestão do projeto. Enquanto isso, os moradores e trabalhadores que dependem da ponte enfrentam diariamente congestionamentos e atrasos em suas rotinas, agravados pela falta de alternativas eficientes de mobilidade.
O cenário é caótico: o sentido Igapó/Centro da Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte Velha, continua bloqueado, e o canteiro de obras ocupa parte da pista contrária, reduzindo a circulação a apenas duas faixas. Como se não bastassem os engarrafamentos intermináveis, os motoristas de veículos de passeio ainda lidam com a restrição de passagem entre 6h e 8h da manhã, supostamente para "priorizar o transporte público". No entanto, a medida não tem aliviado o estresse no trânsito, e a população, mais uma vez, paga o preço de um planejamento deficiente.
A fiscalização rigorosa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que aplicou 4 mil multas no primeiro semestre deste ano, é mais uma camada de complicação para quem já está cansado de esperar por uma solução. O que era para ser uma obra de melhoria agora se transformou em um pesadelo para a população, que não vê luz no fim do túnel.
A ineficiência e os constantes atrasos na obra da Ponte de Igapó levantam questionamentos sobre a capacidade de planejamento e execução das autoridades responsáveis, deixando os natalenses reféns de mais um projeto que se arrasta sem perspectivas claras de alívio.