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A Justiça do Rio Grande do Norte precisou intervir de forma drástica, bloqueando R$ 2.146.607,52 das contas do Estado para garantir o que o governo da governadora Fátima Bezerra deveria estar fazendo: cuidar da saúde da população. A medida visa assegurar a realização de cirurgias urológicas urgentes para 48 pacientes que estão em risco iminente de perder os rins.
Desde 2021, o Ministério Público (MPRN) e a Defensoria Pública (DPE-RN) vêm tentando, sem sucesso, obrigar o governo de Fátima Bezerra a tomar uma atitude. Reuniões com a Secretaria de Saúde (SESAP), hospitais e fornecedores de insumos não trouxeram avanços, expondo a falta de planejamento e ação do governo. Enquanto isso, centenas de pacientes esperam por procedimentos que poderiam salvar suas vidas.
A crise hospitalar exposta no governo Fátima
Com hospitais públicos, como o Hospital da Polícia Militar e o Onofre Lopes, operando no limite de suas capacidades, a falta de recursos, equipamentos e coordenação no sistema de saúde estadual torna-se cada vez mais evidente. A fila de espera por cirurgias urológicas já conta com 266 pacientes, dos quais 55 precisam com urgência dos procedimentos. Desses, 48 correm sério risco de perder os rins e, consequentemente, depender de hemodiálise pelo resto da vida.
O Hospital Rio Grande: a última esperança?
Com os hospitais públicos colapsados, o Hospital Rio Grande foi designado para realizar as cirurgias. No entanto, essa escolha só reforça a pergunta: como o governo de Fátima Bezerra permitiu que a rede pública chegasse a esse estado de abandono? O bloqueio dos recursos é uma solução temporária e expõe a incapacidade do governo em gerenciar adequadamente a saúde.
O dinheiro será liberado de forma gradativa, conforme as cirurgias forem realizadas, e a SESAP foi incumbida de auditar o processo. No entanto, essa medida mostra a desconfiança generalizada na capacidade do governo de garantir a boa aplicação dos recursos. Será que essa fiscalização será suficiente para resolver o problema a longo prazo?
A inércia do governo Fátima Bezerra
O mais alarmante é que o bloqueio judicial dos recursos só aconteceu porque todas as tentativas de resolução extrajudicial falharam. A governadora Fátima Bezerra e seu governo permanecem inertes, observando passivamente o colapso da saúde pública do estado. A Justiça foi obrigada a intervir para garantir o mínimo de dignidade e tratamento aos pacientes.
Fátima Bezerra precisa assumir a responsabilidade por essa crise. O governo estadual não pode continuar a esperar que a Justiça resolva os problemas que são de sua competência. A saúde pública do Rio Grande do Norte está em colapso, e a situação desses pacientes é um reflexo direto da falta de ação e planejamento do governo.
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