Dois ministros de estado, quatro deputados federais, mais da metade dos deputados estaduais, presidente da câmara dos vereadores de Natal, FECAM e FEMURN, entre outras lideranças importantes do estado. Esse é o batalhão de políticos que se organiza contra a atual gestão do RN.
Fátima vai enfrentar uma rejeição jamais superada por qualquer candidato a reeleição, algo em torno de 35% e um batalhão de opositores muito bem treinados e comandados.
Diariamente as conversas sobre a retomada do RN pelos "moderados" dá um passo.
Rogério Marinho, Fábio Faria, Benes Leocádio, Walter Alves, General Girão e Ezequiel Ferreira, Gustavo Carvalho, Eudiane Macedo, Tomba, Álvaro Dias, Fábio Dantas, Paulinho Freire, vários partidos, inclusive os de centro-esquerda como PV e CIDADANIA. Esse é o batalhão que se organiza para a disputa do governo do estado.
Rogério se agigantou no governo Bolsonaro. Ele comanda às ações do governo federal no RN e sabe como ninguém capitalizar força política com essas ações.
Em Brasília e no estado, eles se reúnem ou se falam diariamente com o intuito de montar a chapa que RETOMARÁ o estado de volta, dos braços dos "afamados" petistas "mágicos".
Por enquanto a chapa está se formando assim:
Álvaro, Benes ou Tomba para o governo; Rogério Marinho para o senado e Eudiane Macedo para vice.
Fábio Faria não conseguiu, por enquanto, emplacar seu nome para o senado, que é o seu desejo pessoal. A sua distância natural - sempre foi assim - dos prefeitos do interior, não lhe dá a capilaridade necessária para um projeto de eleição ao senado.
As pesquisas, mês a mês, são claras feito as águas do Rio São Francisco chegando ao RN pela transposição. Para o senado, os nomes que ganham força a cada levantamento são os de Rogério Marinho e Carlos Eduardo.
O pedetista está afastado desse batalhão, foi 'sentar praça' noutro quartel e deverá compor com a atual governadora. Há quem aposte uma usina de cana de açucar, que Carlos Eduardo será o senador de Fátima Bezerra. Para alguns experientes observadores, essa chapa é imbatível.
Rogério Marinho fala semanalmente com cada um desses citados na matéria. Em Brasília ou em Natal, Marinho não para de articular.
A prioridade na cabeça de chapa é para Álvaro Dias, prefeito de Natal. Em segundo é o nome de Benes Leocádio, deputado federal e que tem quase zero de rejeição, entra facilmente em cada município do estado e abriria a vaga que a assembleia quer para eleger Gustavo Carvalho deputado federal.
A terceira opção, que já disse sim, é o deputado estadual da região do Trairi, Tomba Farias.
Álvaro prometeu responder ano que vem; Benes pediu mais um tempo e Tomba disse sim na hora.
Olho nas pesquisas e orações para Álvaro mudar de ideia e topar a parada. É o nome que polariza com Fátima por causa das ações na pandemia do COVID-19. Dias enquadrou a governadora de Lula com seus acertos em cada ação de combate ao vírus chinês.
Pra cada leito não aberto e pra cada respirador desaparecido pelo governo do estado, Álvaro sobe um degrau na luta de 2022.
Outro nome que surge bem e pode ser indicada para vice tanto na chapa de Fátima quanto da oposição é o da deputada da zona norte de Natal, Eudiane Macedo. Ela goza da simpatia de Fátima e do respeito de Ezequiel Ferreira, presidente da casa legislativa estadual. Para tirá-la do radar do governo PT, Eudiane poderá ser vice da oposição.
A Câmara de Natal tem tudo para entrar nesse tabuleiro. Paulinho, caso desejasse, poderia ser um fortíssimo candidato a deputado federal. As câmaras do RN juntas, certamente lhe elegeriam. Mas, segundo consta, Freire não abre mão de estar fazendo a articulação da casa do povo com o palácio Felipe Camarão. Essa é a missão do habilidoso e paciente vereador "carnatalesco".
Gustavo tem novos e fortes motivos para aceitar ser deputado federal. Ele sempre foi relutante, nunca se imaginou fora do circuito Tirol/Petropolis/Pirangi do Norte. Mas, agora topa.
Em tempo: Fátima chegou a ter 43% de rejeição em meados de 2020. Se ficar acima de 30% no ano que vem, dificilmente conseguirá sucesso na tentativa de reeleição. Vai ao segundo turno, mas trava na rejeição na hora do "vamos ver".
Em tempo 2: Álvaro vai ser muito assediado para encarar a candidatura ao governo. É, de longe, o nome mais viável da oposição.
Em tempo 3: O senador Stivenson Valentim aparece em segundo em todos as pesquisas. Se ele resolver ouvir alguém com experiência na política, poderá fazer um grande barulho.
Em tempo 4: Carlos Eduardo está fora dessa festa. Ele paga o preço da distância com que trata seus aliados. Se mudasse seu jeito "frio" de ser, estaria nesse jogo com muito mais força.
Em tempo 5: Deverá sobrar para o ex-prefeito, compor com Fátima. Soube que ela o recebe hoje mesmo, caso ele sinalize que quer.
Em tempo 6: A vaga de vice na chapa de Fátima está aberta. Antenor Roberto quer ser desembargador do TJ-RN e a governadora deverá indicá-lo para o cargo, assim que surgir a vaga.
Em tempo 7: Jean Paul-Prates fica à deriva aguardando Carlos Eduardo decidir se vai ou não vai para o colo do PT. Soube que o Prates já tem alguns partidos debaixo do braço para se candidatar a reeleição, caso Fátima lhe dê um "canto de carroceria".
Em tempo 8: Fábio Dantas é o "coringa" de Rogério Marinho. Se a governadora estiver "bem na fita" e as pesquisas digam que ela não perderá de jeito nenhum, o grupo joga Fábio Berckmans para encarar o atual governo. Será o "soldado paraquedista precursor". A reeleição de sua esposa na assembleia legislativa é a prioridade da família.
Em tempo 9: O PV e o CIDADANIA foram escanteados por Fátima. Prestígio zero. Apoiaram o PT na guerra eleitoral e não foram convocados para compor o governo. Wober Júnior e Rivaldo Fernandes, líderes de seus partidos, não pretendem subir novamente no palanque "estrelado".
Em tempo 10: O PV terá candidatura própria ao governo e ao senado. O professor Doutor da UERN, Emanuel Márcio Nunes, será o cabeça de chapa. Até plano de governo o PV está produzindo. Os bons ventos que sopram do Oeste Potiguar, com a eleição de Alisson Bezerra, poderá soprar duas vezes?