As articulações políticas do município de Rodolfo Fernandes, no oeste potiguar, começam a ter definições. Três pré candidaturas se projetam para as eleições de 15 de novembro deste ano.
O prefeito Wilson Filho (MDB), que provavelmente não disputará as eleições devido a um compromisso político firmado ainda nas eleições municipais de 2016, com o empresário Lilito Monteiro, também do Movimento Democrático Brasileiro.
Já a oposição pretende lançar duas candidatas: Claudinha
Cavalcante pelo Partido Progressista (PP) e a ex-vice prefeita Neide Nazário pelo
Partido dos Trabalhadores.
Lilito sofreu o maior desgaste eleitoral nos últimos 20 anos, quando foi derrotado com 638 votos de maioria para o seu próprio irmão em 2012, porém ao longo dos últimos 8 anos acumulou forte capital eleitoral e disputará a eleição com o apoio de 8 dos nove vereadores, do atual prefeito, de um grupo de empresários ligados a sua família, de antigas lideranças políticas locais que somam forças e já estão criando um clima de “já ganhou”.
Seu pré-candidato a vice é o vereador Flávio
Morais (MDB), um homem simples, carismático, que está no primeiro mandato de
vereador e também pela primeira vez no grupo governista.
Neide, pré-candidata do PT, vai disputar a prefeitura pela segunda vez. Em 2016 ela perdeu por apenas 113 votos de maioria. Seu pré-candidato a vice é o ex-vereador Joarez Rêgo do mesmo partido, que nas duas últimas eleições não conseguiu reconquistar uma cadeira na câmara municipal. Ela tem o apoio de ninguém menos que a governadora Fátima Bezerra.
Para isso, conta com o apoio de um grupo de petistas, que vão lançar uma nominata com nomes estreantes na política de Rodolfo Fernandes. Neide, quando foi secretária, desenvolveu um grande trabalho e fez com quê seu nome desse uma alavancada política na cidade.
Portanto vem forte na eleição de novembro e como ela mesma
postou em suas redes sociais: “é prego
batido e ponta virada”, ao contrario de muitos pré-candidatos a prefeito da região, do PT, que vem desistindo. Sua pré-candidatura é consistente e uma das
mais respeitadas pelo PT na região, trabalha firme nos bastidores, podendo surpreender muita gente nessa eleição.
Já Claudinha é estreante nas urnas, nunca disputou uma eleição e terá a chance de levar a mensagem do "novo". Ela é pré-candidata pelo Partido Progressista (PP). Provavelmente seu vice será o empresário Chagas do Peixe também do PP. Chagas é outro nome novo no cenário político e que tem ganhado respaldo popular junto ao eleitorado da pré-candidata.
Justamente por ser esse nome 'novo', haja vista que os outros nomes, todos são figurinhas carimbadas na política de Rodolfo Fernandes, poderá surpreender nas urnas.
A cada dia que passa a pré
candidata Claudinha Cavalcante absorve os "bicudos", que têm abraçado a
progressista com entusiasmo e, bem como, recebido bastante apoio dos dissidentes
do MDB.
PT e PP são água e óleo nessa eleição. São adversários ferrenhos em nível de estado e a nível federal. O PP do Rio Grande do Rio Grande do Norte pretende lançar o maior número de candidatos a prefeito, vice prefeito e vereadores, para fortalecer as bases e lançar Rosalba como candidata ao senado ou ao governo em 2022.
Isso vai de encontro a reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT), pois
a maioria dos apoiadores de Claudinha quer algo novo na política local, tendo
em vista o sentimento de mudança.
Outro ponto importante é que o governo do RN nada tem feito
pelo município. E seria constrangedor ter que dividir um palanque com nomes
ligados a desgastada professora Fátima Bezerra, que acumula altos índices de rejeição na
região.
É a terceira vez consecutiva que um prefeito não vai pra uma
reeleição e também é a terceira vez que o município terá 3 candidatos a
prefeito.
Em tempo: Ficar longe do PT é um fator positivo para qualquer chapa, já que ele (governo Fátima) insiste em esquecer a cidade.
Em tempo 2: Ser prefeito de Rodolfo não tem sido um bom negócio. Nem simpatia do povo para tentar reeleição, o cabra consegue.
Em tempo 3: Mesmo de longe, aposto que Lilito e Claudinha vão polarizar a disputa. MDB x PP. Anotem aí!
Em tempo 4: Em política, nada é por acaso. Walter, Wilson e Wilton. É tudo no "dabliú".