Após meses de pressão de autoridades políticas para liberar a Via Verde ― via que liga áreas de Parnamirim e Natal e passa pela Base Aérea nas margens do Manancial do Rio Pitimbu ― a unidade militar passa por mudança de comando: o Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende foi substituído no segundo semestre de 2025, segundo o Diário Oficial da União e registros da FAB.
A troca de comando acontece em meio ao avanço das tratativas para cessão do terreno militar, etapa essencial para destravar o projeto da Via Verde, prioritário para a mobilidade de Parnamirim e região metropolitana.
Recentemente o Exército Brasileiro também passou pelo mesmo processo, e cedeu uma área de terra com 10 hectares às margens da avenida Roberto Freire para o Município de Natal, construir um Parque Linear.
- O projeto ganhou destaque recente, principalmente após denúncias de grilagem de terras na região da Fazenda Pitimbu, área vizinha à base, e pressões políticas intensificadas sobre a Aeronáutica, inclusive com manifestações contrárias do corpo técnico em Brasília.
- A Câmara Municipal, presidida pelo vereador César Maia, mobilizou campanha e abaixo-assinado pela Via Verde; o Ministério Público já instaurou inquérito civil para apurar o caso e há forte demanda por licenças ambientais após especulações sobre a posse e propriedade das terras.
- Aspectos políticos se cruzam ao caso: o presidente da Câmara é parente próximo do atual tabelião interino do 1º Ofício de Parnamirim, e o Secretário de Meio Ambiente tem relação familiar com ambos.
A possível liberação da Via Verde depende do novo comando da Base Aérea, da resolução das questões fundiárias e ambientais, e do desfecho das investigações em andamento.
Em tempo 1: O Prefeito Taveira ano passado em entrevista a uma rádio local acusou a Aeronáutica de travar o projeto da Via Verde.
Em tempo 2: É grande a procura por licenças ambientais para construir nas terras da Fazenda Pitimbu. Uma fonte militar revelou que a aeronáutica já cedeu uma área de 10 hectares no centro da cidade para o município construir um parque esportivo e não tem mais obrigação de ceder mais área por questões técnicas e ambientais.
Em tempo 3: O IBDF autarquia criado pelo militares na década de 1960, reservou uma área de mais de 300 hectares como reserva legal na matrícula 94, o termo de reserva florestal está em vigor e poderá complicar a vida de muita gente.
Em tempo 4: O projeto inicial prevê investimentos na ordem de 19 milhões, após reanálise passou para 25 milhões, e para finalizar 40 milhões.
Em tempo 5: Esse fato mostra que os planos diretores da cidade do Natal e Parnamirim, falharam em não proteger suas áreas como prioridade para o ordenamento sustentável visando o futuro. Agora a cidade crescer e precisa adentrar em áreas de terras do exército brasileiro e agora da aeronáutica.