As eleições para a presidência do ABC Futebol Clube estão marcadas por um ambiente autoritário e um completo desprezo pela transparência. Em um movimento que escandalizou a torcida, a chapa de Wilson Cardoso decidiu retirar sua candidatura e declarar apoio a Irapoã Nóbrega, o candidato da situação e representante da atual gestão. Para muitos, isso é uma jogada clara para garantir que o clube continue nas mãos dos mesmos nomes, mantendo tudo exatamente como está — para o bem da elite do clube, mas certamente não para o bem do ABC.
A desistência de Wilson Cardoso é vista por muitos como uma capitulação às pressões internas e um endosso a um processo eleitoral antidemocrático. A decisão de apoiar o candidato da situação demonstra que não há real interesse em promover renovação no clube. Ao contrário, o ABC parece ser dominado por interesses pessoais que garantem a perpetuação de uma gestão desgastada e nada inovadora.
Diretores proíbem a imprensa e reforçam o autoritarismo
Não bastassem as manobras de bastidores para manter o controle do clube, a atual diretoria foi ainda mais longe: proibiu a presença da imprensa no registro das candidaturas à presidência. Essa atitude autoritária é uma tentativa clara de ocultar as práticas questionáveis e garantir que não haja qualquer cobertura ou questionamento público sobre o que está ocorrendo. Se há algo que a diretoria do ABC teme mais do que a derrota, é a transparência — e proibir a imprensa é a forma mais vil de esconder dos torcedores o que está sendo tramado.
Torcedores revoltados com a ausência de democracia
A reação da torcida não poderia ser diferente. O clima de revolta é evidente, com muitos torcedores percebendo que a tão falada democracia no clube é apenas uma fachada conveniente. No ABC, não há espaço para a renovação, e qualquer tentativa de mudança é rapidamente sufocada pelo autoritarismo dos atuais dirigentes. A sensação de que o clube "tem dono" revolta aqueles que, verdadeiramente, amam o ABC e querem vê-lo prosperar.
Para a torcida, a falta de uma gestão democrática não é apenas uma questão política — é uma afronta à paixão que eles nutrem pelo clube. A diretoria, em vez de buscar melhorias e renovação, age para proteger seus próprios interesses, muitas vezes às custas do próprio futuro do ABC.
Evidentemente, o ABC precisa de uma mudança radical em sua administração. O controle autoritário e a aversão à transparência mostraram-se um grande obstáculo ao crescimento do clube. Se continuar assim, o futuro do ABC será apenas um reflexo do que vemos hoje: um clube preso a interesses particulares e cada vez mais distante de sua torcida.