RESPOSTA DE TÚLIO LEMOS
Já não sou mais gestor público, estou retomando a minha vida profissional com sucesso, graças a Deus, e não pretendo retornar à vida pública. Mas nesse episódio, o que dá a impressão é que muitos continuam a se alimentar de um ódio incontido e que não perdem oportunidade para destilar o veneno em minha direção.
Realmente, fui surpreendido com a decisão da justiça em primeira instância, em que me condenou ao pagamento de multa e inexplicavelmente – opinião de juristas renomados – suspendeu meus direitos políticos por oito anos. Tudo por conta, segunda a juíza, de minha gestão ter utilizado verba pública para fazer campanha publicitária contra a Covid-19 no período eleitoral.
Ainda bem que fui condenado pelo uso de verba pública em tempo indevido. Ainda bem. E ainda bem que essa decisão em primeira instância é passível de recurso, o que já está sendo providenciado.
Diferentemente de outros que passaram ou que estão na gestão municipal que tiveram prisões decretadas ou continuarão com seus bens indisponíveis por conta de atos desonestos praticados com recursos do povo macauense e quase todos os que apontam em minha direção continuam a apoiar essas pessoas, ou quadrilhas, que comprovadamente assaltaram os cofres.
Há um contraste gigantesco nesse episódio com o que Macau estava acostumada a conviver, com seus gestores em destaque nas páginas policiais por corrupção.
A minha condenação, que ainda pode ser revertida, pois irei recorrer a instâncias superiores, foi por conta da utilização de recursos públicos em tempo indevido. E não em benefício próprio.
Isso é o que me tranquiliza e que dá tranquilidade à minha família.
Que Deus nos abençoe.
Túlio Lemos
Túlio Lemos comemorando sua vitória em 2016. Foram 9.115 votos, uma "surra" de votos. 87,53 % dos votos válidos. A maior diferença da história de Macau. O segundo colocado não teve nem 1 mil votos.
Em tempo: na tentativa de reeleição, em 2020, Túlio foi do céu ao inferno. Obteve 895 votos, 5,23% dos votos válidos.
