Rodrigo de Melo Teixeira foi acusado de envolvimento em um esquema de corrupção em órgãos ambientais e de mineração. Ele também foi ex-diretor da PF na gestão Lula.
Rodrigo de Melo Teixeira, ex-diretor de Polícia Administrativa da Polícia Federal e atual dirigente do Serviço Geológico do Brasil, foi preso nesta quarta-feira (17).
“Essa cessão, embora documentada como ‘gratuita’, foi possivelmente movida por interesse concreto: contar com a atuação de um delegado federal no interior da estrutura empresarial, como forma de obter acesso diferenciado a órgãos públicos, prestígio perante possíveis compradores, garantia de proteção diante de concorrência ou, ainda, investigações em curso.”A prisão ocorreu durante uma operação da PF que investiga um esquema bilionário de corrupção em órgãos ambientais e de mineração.
Segundo os investigadores, Teixeira é acusado de ser o administrador oculto de uma empresa de mineração registrada em nome de sua esposa. Na prática, porém, ele seria o responsável por conduzir os negócios.
A PF afirma ainda que o ex-diretor usava a função pública para favorecer interesses privados. Entre os exemplos citados estão:
De acordo com os autos, empresários chegaram a ceder direitos minerários à empresa ligada a Teixeira de forma oficialmente “gratuita”, mas em troca de influência junto a órgãos públicos.
A PF também aponta que Teixeira negociava vender sua participação em uma mina por R$30 milhões.
Após deixar a diretoria da PF no fim de 2024, Teixeira assumiu o cargo de diretor de administração e finanças do Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (SGB/CPRM).
A instituição é vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Via: