A mais recente pesquisa Genial/Quaest revelou um cenário desastroso para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu governo no mercado financeiro. Realizada entre 29 de novembro e 3 de dezembro, o levantamento mostrou que a reprovação a Lula entre analistas, gestores e economistas saltou de 64% em março para impressionantes 90% em dezembro. A principal causa apontada é a reação negativa ao pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O pacote fiscal de Haddad foi classificado como “pouco ou nada satisfatório” por 58% dos entrevistados. Além disso, 42% afirmaram que o plano possui “pouca credibilidade”, enquanto 58% acreditam que ele não tem nenhuma. O reflexo disso está na desaprovação crescente à política econômica de Lula, que subiu de 71% em março para 96% agora.
O impacto também é visível na avaliação do próprio Haddad. Sua aprovação caiu de 50% para 41%, com 61% dos entrevistados avaliando que ele perdeu força desde o início do governo.
As expectativas para a economia brasileira também são sombrias. O pessimismo em relação ao futuro econômico aumentou de 32% para 88%, indicando uma percepção negativa sobre as medidas adotadas até agora. Para agravar ainda mais a situação, a pesquisa aponta que o Copom pode elevar os juros em 0,75 ponto percentual em dezembro, levando a Selic a ultrapassar os 14% ao ano, um golpe duro para o setor produtivo e para os consumidores.
Apenas 37% dos entrevistados acreditam que a regra de gastos do governo atual se sustentará até 2025, enquanto 34% apostam que ela durará até o final do mandato de Lula, em 2026.
Lula perde força para 2026
As projeções para as eleições presidenciais de 2026 também não são animadoras para o PT. Apenas 34% dos entrevistados veem Lula como favorito, uma queda significativa em relação aos 53% registrados em março. Cenários de segundo turno mostram Lula sendo derrotado por adversários como Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e até mesmo Pablo Marçal.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, desponta como o nome mais forte da direita, com 78% dos entrevistados considerando sua candidatura provável, caso Bolsonaro continue inelegível.
Os números deixam claro o que o mercado já vinha apontando: a gestão Lula enfrenta uma crise de credibilidade sem precedentes, agravada por decisões econômicas vistas como desastrosas e uma política fiscal amplamente rejeitada. A pesquisa é um retrato fiel de como o governo petista está perdendo a confiança dos principais atores econômicos do país — e do próprio eleitorado.