Teixeira abraçou a luta por uma tarifa de água justa.
Seu instituto há muito aponta o desequilíbrio na cobrança para as camadas mais humildes da sociedade potiguar.
Foto: InterTV/Cabugi
Via: Tribuna do Norte
O Instituto Mais Cidades entrou com uma nota técnica de quatro páginas junto à Arsban para questionar o reajuste das tarifas dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Natal. A entidade é presidida pelo advogado Alexandre Teixeira, que assina o documento.
Entre os pontos questionados, o advogado aponta que a equação de desequilíbrio ocorre porque os consumidores de baixa renda “por serem sufocados com tarifas em descompasso com suas rendas, entram para clandestinidade passando a retirar a água sem pagar qualquer taxa, gerando no RN uma das maiores perdas de água do Brasil, consequentente a não evolução de receitas da companhia”.
Aliado a isso, o advogado questiona ainda o fato de que consumidores enquadrados em baixa renda deixam de serem enquadrados na Tarifa Social.
“Ainda sobre o estudo realizado no Rio Grande do Norte, identificou-se por amostragem que mais de 70% desses consumidores que deveriam estar enquadrados na tarifa social, estão com seu fornecimento de água cortado, sendo alguns deles pegando água de seus vizinhos em baldes e bacias, ou com ligação clandestina. Isso se comprova quando comparado com os dados do SNIS onde aponta que a perda de água potável no RN é de 52,2% sendo a segunda maior perda de água do Nordeste e umas das maiores do Brasil, bem acima das médias regional e nacional”, aponta.
O diretor-técnico da Arsban, Victor Diógenes, disse que a nota técnica será analisada até semana que vem para emitir um posicionamento acerca de provimento ou indeferimento.
Estrutura Tarifária
Veja como ficam as tarifas de água em Natal
RESIDENCIAL SOCIAL R$ 9,53
RESID. POPULAR R$ 29,98
RESIDENCIAL R$ 47,20
COMERCIAL R$ 72,62
INDUSTRIAL R$ 158,38
ÓRGÃO PÚBLICOS R$ 151,90
Em tempo: Alexandre Teixeira sempre defendeu o acesso dos mais pobres a água. Viaja o estado palestrando e abrindo os olhos das autoridades sobre o abuso que é a taxação sobre a água.
Em tempo 2: perguntei se essa luta, nesse momento, tinha intenções políticas, se seria a prévia das eleições do ano que vem, que segundo consta ele teria prentensões de disputar a cadeira de prefeito de Natal ou de vereador.
Em tempo 3: "o povo não aguenta eleições de dois em dois anos. Esse é um tema muito sério e eu não misturo com política. Não é momento para isso", respondeu Teixeira.