O projeto total compõe três galpões com 42 unidades, que incluem quiosques, peixarias e outros ambientes de trabalho. Nesta primeira fase, serão transferidos para o primeiro galpão atividades que ainda não envolvem alimentação. Serão 11 boxes com oficinas, vidraçarias e um ateliê. Os banheiros e vestiários do local, inclusive os adaptados, já estão prontos e serão entregues também nessa fase 1.
Para o prefeito Álvaro Dias, o Centro Comercial vai provocar um impacto social e econômico muito positivo na região que engloba as Rocas e a Ribeira. “Vamos promover dignidade, oferecendo um espaço moderno para os moradores da região comercializarem seus produtos. Além disso, haverá um ganho no aspecto urbanístico”, projeta ele, lembrando ainda que a praça do Pôr do Sol está integrada à ação. “Vamos revitalizar a praça, que vai funcionar como ponto turístico, por ser um local privilegiado pela beleza do pôr do sol do Rio Potengi”.
A secretária municipal de Habitação e Regularização Fundiária (Seharpe), Shirley Cavalcanti, endossa o prognóstico. “O alcance social dessa obra tem um valor inestimável. Nesse lugar, nós tínhamos pessoas morando em condições sub-humanas, em palafitas. As 200 famílias foram levadas para moradias dignas no residencial São Pedro, no mesmo bairro, o que garantiu a manutenção da proximidade dessas pessoas com o seu ambiente e também com suas atividades. Agora estamos transformando esse local de trabalho que será ocupado por eles e transformará a vida de muita gente”, avalia a secretária.
São 7.000 metros quadrados de uma área que inclui também quiosques, banheiros públicos e estacionamento. “A Prefeitura optou por realizar a obra em módulos para não atrapalhar a atividade econômica do lugar. Como é comércio, a gente quis que eles continuassem trabalhando. Não seria razoável desapropriar e tirar as pessoas do lugar onde trabalham
há anos e a obra não estar pronta. Imagine o prejuízo que seria para essas famílias”, comenta Shirley Cavalcanti.
A titular da Seharpe explica ainda que, após instalados esses primeiros ocupantes do Centro Comercial, a área antes utilizada por eles será demolida e terá início a obra de construção do segundo galpão. “Depois que transferirmos eles para cá, vamos demolir as instalações antigas e iniciamos o segundo galpão. Então, essa obra será toda ela feita por partes e essa primeira, que chamamos de Eixo 1, será entregue até o fim deste mês”, conta.
Somente nesse “eixo” são 1.200 metros quadrados de área coberta com lojas amplas e adequadas, cada um com a atividade que será realizada e acabamentos diferentes para atividades que causem algum impacto no piso e outros para trabalhos que não demandem essa necessidade. “Nos locais das oficinas, colocamos piso que possam receber altos impactos. Em outros boxes, o acabamento é diferente, ou seja, respeitando a atividade de cada um”, aponta a secretária, que visitou a obra nesta semana.
A secretária reforça que a obra do Centro Comercial faz parte de um projeto maior, que é a urbanização do Maruim, envolvendo a transferência dos moradores e que será incluído em algo maior para revitalização e valorização da área. “O Centro Comercial, o Mercado das Rocas, tudo está sendo feito para atrair as pessoas para a área, sejam elas natalenses ou turistas. Esse processo, além da questão cidadã, gera emprego e renda para as pessoas do local”, analisa.