Dirigentes de Centros Desportivos de Natal se reuniram no Estádio Senador João Câmara, nas Rocas.
Dirigentes de pelo menos 15 Centros Desportivos de Natal se reuniram agora a pouco para discutir o projeto de lei do vereador Anderson Lopes que obriga as entidades desportivas a prestarem contas dos recursos recebidos do município ou de outras fontes.
A proposição é do vereador Anderson Lopes e tem o apoio da vereadora Ana Paula, esposa de Júlio Protásio, ex-vereador condenado na Operação Impacto e sentenciado a cumprir 6 anos e 8 meses de prisão em regime semi-aberto e pagamento de 150 salários mínimos de multa, os dois querem proibir qualquer cobrança para o uso dos equipamentos por parte da comunidade.
Em tempo: sou presidente do Centro Desportivo das Quintas, eleito recentemente e tenho convivência com essas entidades desde sempre.
Em tempo 2: fui administrador de todos os equipamentos esportivos de Natal - quadras, ginásios, campos, minicampos, socyte e tudo mais, da Prefeitura de Natal, de 2013 a 2017 e sei do que estou falando.
Em tempo 3: os dois vereadores sabem que para a manutenção de um campo de futebol que esses Centros Desportivos cuidam, precisa de dinheiro vivo, diariamente.
Em tempo 4: funcionário para cortar e cuidar do gramado, adubos, manutenção de equipamentos da irrigação, hidráulica, elétrica, iluminação, limpeza, escolinhas e projetos sociais tocados pelos próprios centros, etc.
Em tempo 5: Ana Paula e Júlio Protásio usufruíram por anos do campo do Jiqui, quando o saudoso Zé Maia presidia o centro de lá.
Em tempo 6: Anderson Lopes mora ao lado do Formigão, Centro Desportivo de Soledade II, que é o seu principal reduto eleitoral. Ele deveria saber das dificuldades que é administrar um equipamento desses sem recursos permanentes.
Em tempo 7: os dois vereadores, mesmo sabendo que a prefeitura da cidade só consegue atender as necessidades dos centros nas áreas de iluminação e de material esportivo, fazem questão de tentar proibir qualquer cobrança pelos centros aos usuários que jogam futebol nos campos.
Em tempo 8: sem a cobrança, os centros não conseguem se manter. Quando queima uma bomba do sistema de irrigação, o conserto nunca é menor que 1 mil reais. Um nova, custa em média entre 5 e 8 mil reais, dependendo da sua potência. A prefeitura precisa fazer uma licitação para adquirir, no mínimo são necessários 30 dias para que todo processo se complete, e um gramado sem água durante 30 dias, ficaria somente a areia para contar a história. O prejuízo com isso acontecendo gira em torno de 300 mil reais.
Em tempo 9: acho um desperdício de tempo dos vereadores AA - Anderson e Ana com esse tema. O que os centros precisam é de apoio para seus eventos e união dos vereadores com a prefeitura para aumentar os recursos destinados à manutenção desses equipamentos. O valor anual é irrisório para tal fim.
Em tempo 10: pela experiência na área eu me sinto a vontade para essa intromissão. Se quiser ideias para resolver de vez essa polêmica, me chama que eu tenho a solução.