Na pasta do turismo, o blog recebeu em primeira mão a informação que quem assume a vaga de Gilson Neto é o diretor-presidente da EMBRATUR, o jovem Carlos Brito.
No lugar dele na EMBRATUR, quem assume o o diretor de marketing da empresa, o pernambucano de 53 anos, Silvio Nascimento.
Via: Gazeta do Povo
Saiba quem são os 11 nomes que podem deixar o governo na reforma ministerial para participar das eleições:
Tereza Cristina, da Agricultura - Senado - MS
João Roma, da Cidadania - Governo - BA
Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações - Deputado Federal - SP
Walter Braga Netto, da Defesa - Vice-Presidente
Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional - Senador - RN
Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura - Governador - SP
Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública -
Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos - Senadora - AC
Flávia Arruda, da Secretaria de Governo
Onyx Lorenzoni, do Trabalho e Previdência - Governador - RS
Gilson Machado, do Turismo - Governador - PE
Quais ministros tendem a disputar o Senado
A reforma ministerial proposta por Bolsonaro pode confirmar uma grande maioria de candidaturas de ministros ao Senado. Desde quando ainda sondava um partido para se filiar, o Senado é a prioridade do presidente da República nas eleições legislativas. Diferentemente da Câmara, a base governista entre os senadores é menor e a meta é ampliá-la para o caso de uma reeleição.
Dos 11 ministros que tendem a se candidatar, cinco têm o Senado como meta. Deputada federal licenciada por Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (ministra da Agricultura) vai concorrer para senadora pelo PP, partido do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Em seu lugar, deve assumir o secretário-executivo Marcos Montes, ex-deputado federal filiado atualmente ao PSD.
Outro ministro que pretende disputar um cargo de senador é Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional). Ex-deputado federal pelo PSDB pelo Rio Grande do Norte, ele se filiou ao PL em novembro do ano passado. Sua candidatura foi acertada após um arranjo estadual firmado com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que sondava uma candidatura ao Senado pelo estado e que decidiu não disputar as eleições deste ano.
O nome mais cotado para assumir o Desenvolvimento Regional na reforma ministerial é o do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que chegou a ter seu nome cotado para ser vice de Bolsonaro. Como a pasta lida com o banco estatal em políticas públicas como o programa Casa Verde e Amarela (o antigo Minha Casa, Minha Vida), Bolsonaro entende que Guimarães é o nome ideal para comandar o Desenvolvimento Regional.
O salário de Guimarães foi apontado como um possível entrave para ele aceitar o ministério. Na Caixa, ele recebe cerca de R$ 56 mil mais uma remuneração variável que chega a R$ 450 mil ao ano. Já como ministro receberia em torno de metade do salário atual. Um aliado da base governista pondera, contudo, que ele está disposto a assumir o ministério como uma "missão", em respeito a Bolsonaro. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, a presidência da Caixa deve ser assumida por Celso Leonardo Derziê de Jesus Barbosa, atual vice-presidente de Varejo e ex-assessor estratégico da Presidência.
Que ministros podem lançar candidaturas a governos estaduais
Embora não seja uma prioridade para Bolsonaro, a possibilidade de eleger ministros para governos estaduais é bem-vinda no Planalto. Não à toa o presidente da República se engajou pessoalmente nas articulações políticas para lançar o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) ao governo de São Paulo.
No início, no meio político aliado a Bolsonaro, não havia entusiasmo com Tarcísio na disputa pelo governo paulista, um dos redutos eleitorais mais disputados – e que, historicamente, elege tucanos. Contudo, integrantes do núcleo político do Planalto e o próprio Bolsonaro estão convencidos de que Tarcísio tem chances de vencer. A tendência é que ele se filie ao PL – mesmo partido de Bolsonaro. Mas isso ainda não está 100% certo, e o Republicanos é outra opção.
"Vai ficar entre os dois [partidos]. Teremos que definir nos próximos dias. Obviamente que o PL é muito importante, é o partido do presidente. Ter o mesmo número do presidente é muito legal. Mas o Republicanos é um ótimo partido também, vamos pensar", disse Freitas durante evento NT Expo, do setor ferroviário.
O sucessor à frente do Ministério da Infraestrutura será o secretário-executivo da pasta, Marcelo Sampaio. É um quadro técnico e nome da confiança do próprio ministro. Além disso, é genro do ministro-chefe da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos. Mas a pasta é cobiçada pelo PL, que nas gestões petistas comandou o antigo Ministério dos Transportes. Apesar disso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não fez objeções a Sampaio assumir a pasta até o fim do ano.
Já a candidatura de Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho e Previdência, ao governo do Rio Grande do Sul também é dada como certa. Muito se especulou sobre a possibilidade de ele se candidatar ao Senado. Contudo, ele se filiou ao PL no ano passado e sempre manteve firme seu nome na disputa pelo governo gaúcho – principalmente após Hamilton Mourão lançar sua pré-candidatura ao Senado pelo estado pregando "apoio irrestrito" a Bolsonaro.
Aliados do governo apontam que o sucessor de Onyx pode ser um senador. O jornal O Globo diz que pode ser o senador Márcio Bittar (União Brasil-AC). Já aliados do governo não cravam a informação à Gazeta do Povo, mas ponderam que o senador não está descartado. Inclusive lembram que Bolsonaro tem uma agenda marcada na sexta-feira (18) em Rio Branco (AC), onde participará da cerimônia de regularização fundiária e de assentamentos – e onde deve se encontrar com Bittar.
Outros senadores também estão no páreo para suceder Onyx. Um deles é Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso. Outro nome cotado para a pasta é o de Marcos Rogério (PL-RO), que defendeu o governo Bolsonaro na CPI da Covid. Mas Rogério cogita sair candidato ao governo de Rondônia.
O ministro da Cidadania, João Roma, é outro cotado para concorrer a um governo estadual – no caso, a Bahia. O próprio Bolsonaro disse, na quarta (16,) que Roma é quem tem coordenado sua campanha no estado e disse que ele "possivelmente" seria seu candidato ao governo baiano. Segundo interlocutores do governo, Roma será sucedido pelo chefe de assessoria especial da pasta, Ronaldo Vieira Bento, uma vez que o secretário-executivo, Luiz Antônio Galvão, pode auxiliar o ministro na coordenação de sua campanha.
Roma confirmou que mantém conversas sobre uma possível filiação ao PL. "Nós estamos fazendo as tratativas e o que nós estamos buscando é que a Bahia esteja de mãos dadas com o Brasil. Quem tem prazo não tem pressa. Então até o dia 2 de abril os baianos saberão", disse.
A possibilidade de Roma ser candidato ao governo existe, embora interlocutores do governo e aliados da base não descartem uma candidatura dele ao Senado, à Câmara dos Deputados e até mesmo como vice de Bolsonaro. O ministro da Cidadania não sair candidato como uma estratégia para o governo compor com ACM Neto, candidato ao governo da Bahia pelo União Brasil, é algo que não é descartado pelo governo.
Que ministros podem sair candidatos a vice e à Câmara
O ministro da Defesa, general Braga Netto, é o nome da preferência de Bolsonaro para ser seu vice nas eleições de outubro. Desde o ano passado, o ministro da Defesa entrou no radar do presidente da República e, em sua opinião pessoal, é o nome ideal.
De sete ministros que tiveram seu nome sondado como potencial vice desde 2020, diferentes perfis foram procurados – como o de uma mulher, um nordestino, um nome ligado ao agronegócio, um evangélico ou alguém ligado ao mercado. Contudo, nenhum deles empolgou muito a base política e eleitoral do presidente.
Por esse motivo, o próprio presidente deve fazer prevalecer sua vontade política e pessoal e substituir Mourão por Braga Netto como vice. Ainda é incerto, porém, o partido por qual o vice se filiaria. Existia um acordo de que o PP ficaria com a vice na chapa. Mas a base da legenda é contra a sigla indicar alguém para o posto por defender a liberação da bancada nos estados para apoiar quem quiser.
Também general de Exército, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, tentou se cacifar nos bastidores para assumir a Defesa. Mas seu nome não agradou oficiais generais das Forças Armadas e sofreu rejeição, afirma um interlocutor de um dos comandantes. Para militares, o nome que vai substituir Braga Netto na reforma ministerial tem que ser um quadro com mais prestígio no Exército.
O site UOL informou que o comandante do Exército, general Paulo Sérgio, pode ser o escolhido para a Defesa. Ele estaria, inclusive, em contato frequente com Bolsonaro, inclusive com encontros no Palácio da Alvorada fora da agenda oficial. Interlocutores do governo não confirmam a informação, mas não descartam a possibilidade.
Outro ministro que pode ser candidato a vice é o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Mas não para vice de Bolsonaro, e sim de Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal que busca a reeleição. O ministro foi secretário de Segurança Pública de Ibaneis e ambos conversam sobre a composição de uma chapa.
O ministro da Justiça e o governador do Distrito Federal se encontraram na terça-feira (15) e no fim de fevereiro para discutir uma proposta de reajuste de 10% para os policiais civis, militares e o Corpo de Bombeiros Militar distrital. Nos corredores do ministério, a informação é de que os dois também conversaram sobre Torres ser vice de Ibaneis.
Outras possibilidades estudadas pelo ministro é sair como candidato à Câmara ou permanecer na pasta até o fim do ano e não se candidatar. Por esse motivo, é incerto quem assumiria a pasta.
Dos 11 ministros de Bolsonaro que podem deixar seus postos na reforma ministerial, um dos únicos a cogitar a Câmara dos Deputados com convicção é o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. No início de março, ele próprio admitiu o desejo de concorrer a deputado por São Paulo, e disse que recomendou ao presidente alguém do quadro técnico da pasta para comandar o ministério.
"Sim, existem alguns nomes com o presidente", disse Marcos Pontes no evento de tecnologia Mobile World Congress, em Barcelona, na Espanha. "O ministério tem que continuar funcionando como uma máquina, mas tem que ser bem pilotada."