Primeiro dia do ano e vamos aos prognósticos. Os nomes postos, há pouco mais de 300 dias da eleição de outubro e como os vejo para o futuro.
Carlos Eduardo é o nome que decidirá pra quem vai a prefeitura? Se ele ficar com Álvaro, a parada está batida? Se ficar com Hermano, teremos um segundo turno duro? E se a candidata do PT for Natália, ela chega no segundo turno?
Sabemos, pelas pesquisas (que não é a da SETA) que Carlos Eduardo é a maior liderança da capital. O maior transferidor de votos no momento.
Sabemos também que Lula transfere quase 40% dos votos para quem ele abençoar. Mas, se for Natália, o poder de fogo será muito maior. Uma coisa é Lula pedir votos para Alexandre Motta, Jean Paul Prates ou Júlia Arruda. A labareda seria muito menor.
Hermano criou coragem e deu um passo a frente. Tomou a decisão e escolheu um partido para a disputa. A grande pergunta é? Será que os dirigentes do partido dele, Rafael e Ricardo Motta vão sustentar o sonho de Hermano?
Se Hermano desembarcar seu time no governo estadual, encaixar suas peças na estrutura de Fátima Bezerra, e lá na frente Fátima, vendo o jogo do alto, entender que Hermano poderia atrapalhar um possível nome do PT na luta pela prefeitura? Será que os Motta's sustentariam a candidatura de Hermano?
E se pelo fato de Hermano desembarcar na gestão do PT lhe tirar a chance de receber o apoio de Carlos Eduardo, será que o deputado não desistiria de ir par o governo?
É, pois Carlos Eduardo pode ir pra qualquer lado, menos para as bandas do governo Fátima. Afinal ele é o melhor e maior nome da oposição no atual momento.
Talvez nem se atreva a concorrer para o governo em 2022. Tudo depende de como estará avaliado o governo de Fátima Bezerra. Do jeito que está se desenhando, as contas da gestão dela em dia, nada lhe tirará a preferência do eleitor potiguar.
O mesmo eu vejo de Álvaro. Se tudo estiver como hoje, ele estará no segundo turno tranquilo. Somente uma avalanche, um escândalo de corrupção ou um dilúvio, poderiam tirar o prestígio que o ex-deputado estadual, federal e vice-prefeito de Caicó, goza no momento. Álvaro surfa a onda da tranquilidade.
Kelps, pelo que parece, e com o reforço das pesquisas, perdeu o bonde da história. Era uma figura em ascensão na classe média, tido como um "fato novo" da política estadual, entrou na mesmice e não conseguiu sustentar o "migué" populista que aplicava no povo da capital. Propostas irreais e longe da realidade da nossa província.
A cada temporada, as pessoas que chegam mais perto dele vão caindo na real. Descobrem que é um "MIGUELENTO". Fala o que queremos ouvir. Subestima todo mundo, de vereador de município pequeno a senador da república. Já fechou mais de uma dezena de portas com grandes e tradicionais figuras da política do estado (ele é um capítulo à parte).
Geraldo Ferreira, do Cidadania, está resolvendo se vem para a batalha. Está decidindo nos próximos dias, com a cúpula do partido, se vai encarar a candidatura ao palácio Potengi. Acho que antes da festa de Reis, ele decidirá. É sempre um grande quadro da capital. Representante da classe médica e um grande lutador por dias melhores da saúde pública em todo o nosso estado.
Carlos Alberto do PV é, na minha opinião, o nome que pode surpreender. No momento se aproxima dos 3% nas pesquisas, num cenário sem Natália Bonavides do PT. Carlos já surpreendeu a todos (os que não o conhecia) na candidatura a governador em 2018. Teve 2% dos votos, somando mais de 31 mil votos. Deu show nos debates e no programa de TV ele deu o seu recado.
Poderia surgir um nome-surpresa? Daria tempo de cair nas graças do eleitor? Seria o vereador "anti-esquerda" Cícero Bolsonaro Martins? Ou o deputado Coronel Azevedo? Achei que o policial militar estaria melhor nas pesquisas no momento atual. Demorou a decidir. Não dá mais tempo de entrar na preferência do eleitor.
Robinson Faria tenta criar um fato novo: Bruno Giovanni. O blogueiro, diretor na assembleia legislativa, apresentador de TV, de rádio e DJ já ofereceu o nome dele na última pesquisa da SETA. 5,5% dos entrevistados lembraram dele. Robinson Faria, com todo desgaste recente, é o articulador que está no melhor caminho. BG e sua máquina de mídia é o único que está "descendo o cajado" no governo municipal.
Capitão Styvenson, para mim, é o mais forte entre todos que poderia ser considerado uma surpresa. Mas, estranho e soberbo que só ele, ninguém consegue ler a mente do "prendedor de motoristas bêbados". Se tivesse a intenção, na minha opinião, seria um nome que estaria pipocando na opinião pública. O senador sim, ainda sustenta o seu grande "migué".
Oposição, nenhum desses está fazendo. Kelps só bate no governo estadual; Hermano tem cargos na prefeitura e por isso pega leve; Carlos Alberto não bate em ninguém, não se coloca com convicção na contramão do atual governo; O PT está mais preocupado em se defender, na gestão do estado, do quê apontar erros no município. Fernando Lucena e Divaneide, mais atrapalham do que acrescentam na oposição.
A exceção é Bruno Giovanni, o BG. Criação de Robinson Faria, Fábio Santos Faria e João Maia, BG sabe como fazer. O ex-governador foi a última vítima de uma oposição bem feita. Se os eleitores insatisfeitos com o governo Álvaro se concentrarem em torno do nome de BG, tá aí o "fato novo".
Robinson acertou em Ceará Mirim. Elegeu Júlio César Câmara para comandar o município. Robinson Faria está dando a volta por cima?
De "migué" em "migué", vamos rezando para que o próximo prefeito não seja um grande "Miguelento".
Em tempo: "Migué" é igual a "Pelé", que é igual picareta, que é a mesma coisa de estelionatário de mentes, ou a mesma coisa que "171" eleitoral. Resumindo: Um sociopata de primeira linha.
Exemplo:
"Você está dando Migué. Não está doente não";
"Quer dar Migué em mim? Venha logo trabalhar!";
"Fulano é muito "miguelento". Fui chamar para tomar uma e ele disse que tá tomando remédio".