Os dados mais recentes do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios potiguares não deixam espaço para discursos vazios nem para maquiagem política: Natal avançou, ganhou protagonismo econômico e ampliou sua liderança estadual, enquanto Parnamirim afundou e protagonizou a maior queda de participação no PIB do Rio Grande do Norte. O contraste é direto e simbólico — e diz muito sobre gestão pública.
Com PIB de R$ 31,162 bilhões, Natal passou a responder por 30,63% de toda a riqueza produzida no RN em 2023, registrando o maior avanço proporcional entre todos os municípios do estado. Em apenas um ano, a capital ganhou 1,32 ponto percentual, saltando de 29,31% em 2022 para o patamar atual. O resultado consolida o primeiro ano da gestão do prefeito Paulinho Freire como um período de reorganização econômica, retomada de investimentos e fortalecimento da atividade produtiva.
Enquanto isso, Parnamirim seguiu o caminho inverso. O município liderou as perdas no estado, com queda de 0,50 ponto percentual na participação estadual, a maior retração entre todas as cidades potiguares. Um dado alarmante para um município que já figurou como uma das principais forças econômicas da Grande Natal e hoje assiste à estagnação avançar.
Gestão que gera resultado versus gestão que perde espaço
O desempenho de Natal não acontece por acaso. A capital vem se destacando pela capacidade de atrair serviços, fortalecer o comércio, impulsionar o turismo e reorganizar a máquina pública, criando um ambiente mais favorável ao crescimento econômico. O reflexo aparece também no cenário nacional: Natal alcançou o 44º maior PIB do Brasil em 2023 e ficou na sexta colocação entre as capitais do Nordeste.
Parnamirim, por outro lado, aparece apenas na 30ª posição no ranking nordestino, evidenciando perda de competitividade regional. Para um município estratégico, colado à capital e com forte potencial logístico e imobiliário, o desempenho negativo revela falta de planejamento, baixa capacidade de indução econômica e ausência de políticas estruturantes.
Ranking estadual muda e expõe fragilidades
As mudanças no ranking das maiores economias do RN reforçam esse cenário. São Gonçalo do Amarante ultrapassou Guamaré, Macaíba superou Açu, e Macau despencou duas posições, saindo do grupo dos dez maiores PIBs do estado. No total, os cinco municípios mais bem colocados concentram 53,3% de toda a riqueza potiguar, ampliando ainda mais o abismo entre quem cresce e quem perde espaço.
Mesmo entre os municípios mais populosos, os números são reveladores: o PIB per capita de Natal chegou a R$ 41.477,50, superando Mossoró (R$ 39.019,51) e deixando Parnamirim bem atrás, com R$ 30.107,02. Um retrato claro de quem consegue transformar população em produtividade e quem apenas cresce sem gerar riqueza proporcional.
O recado das estatísticas
Os dados do IBGE — elaborados em parceria com órgãos estaduais e o Idema — cumprem um papel fundamental: retiram a política do campo da narrativa e colocam a gestão pública diante dos fatos. E os fatos mostram que Natal vive um momento de retomada e fortalecimento econômico, enquanto Parnamirim amarga retrocesso e perda de relevância.
No balanço do primeiro ano de Paulinho Freire, os números falam alto: Natal cresce, lidera e avança. Já Parnamirim precisa urgentemente rever rumos, porque, do jeito que está, segue perdendo espaço, competitividade e oportunidades — e quem paga essa conta é a população.
