O prefeito de Canguaretama, Leandro Varela, pode perder o mandato por Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por acusação de “Caixa 2” na campanha eleitoral de 2024. O que chama atenção agora é que uma das testemunhais indicadas pelo chefe do executivo da cidade é Franciso José da Paz, sócio-administrador da empresa Check-UP Peças e Serviços LTDA, que teve licitação vencedora e publicada na última terça-feira (19), por meio de pregão eletrônico, 018/2025, um valor de R$ 7.783.079,13. No processo 017/2025, para compra de pneus, câmera de ar, a mesma empresa também venceu com R$ 926.149,72. Somando os dois, totaliza R$ 8.709.228,85.
O que chama mais atenção é a coincidência de que a mesma testemunha favorável ao prefeito Leandro na AIJE agora ganha uma licitação milionária na Prefeitura de Canguaretama.
A esposa de Francisco da Paz, Katia Maria de Oliveira Paz, é parte representada do processo, no caso da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), Ela é uma das investigadas no processo que pode cassar o prefeito Leandro Varela e seu vice, Erivan de Souza Lima (Tatá).
Franciso da Paz era um dos coordenadores da campanha eleitoral de Leandro Varela em Canguaretama, em 2024.
A ação de suspeita de “Caixa 2” é uma acusação que aponta a prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilegal de recursos para a campanha eleitoral por meio de doações via Pix que não teriam sido declaradas à Justiça Eleitoral.
A coligação representante da ação pede à Justiça Eleitoral a cassação dos mandatos do prefeito e do vice, além da declaração de inelegibilidade de todos os envolvidos por um período de oito anos. Também foi solicitada, em caráter liminar (pedido de urgência), a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos acusados, bem como busca e apreensão de documentos e aparelhos eletrônicos, para comprovar a suposta prática de caixa dois, termo usado para designar movimentação de recursos sem registro oficial, e a ocultação de despesas de campanha.