Rede Pela Base derrota a tendência institucional ligada a Marina Silva e Túlio Gadêlha e inaugura novo ciclo político sob a liderança firme de Heloísa Helena e seu time.
Brasília pegou fogo - e desta vez, não foi o cerrado que incendiou a capital, mas sim a militância viva da Rede Sustentabilidade 18.
Em meio a gritos, lágrimas, embates e celebrações, o Congresso Nacional da Rede Sustentabilidade 18 entra para a história política do país como o momento em que as bases populares venceram o aparato institucional, e uma nova fase, mais combativa e radicalmente democrática, começou a ser escrita.
A DERROTA DO CAMPO INSTITUCIONAL
A tendência política liderada por Marina Silva, fundadora histórica da Rede, e pelo deputado federal Túlio Gadêlha, foi oficialmente derrotada na noite deste domingo. Com a bandeira da “governabilidade moderada” e da preservação das estruturas tradicionais do partido, a chamada Rede Vive sofreu uma derrota acachapante frente à insurgência das bases.
Com apenas 26,53% dos votos (78 delegados), a linha institucional perdeu espaço para a força avassaladora da Rede Pela Base, que obteve 216 votos (73,47%) – consagrando-se como maioria absoluta e legítima para conduzir os novos rumos do partido.
A VITÓRIA DE DUAS MULHERES DE LUTA E PAZ
Essa virada histórica tem nomes, rostos e vozes. E eles são femininos, combativos e incansáveis: Heloísa Helena, eterna referência de coragem política no Brasil, e Alice Gabino, fundadora e liderança emergente, nordestina, articuladora do passado, presente e do futuro do partido.
Foi por meio da articulação ferrenha, escaldante e incansável dessas duas mulheres de luta e paz, que a tendência Rede Pela Base construiu uma vitória política e moral. Uma vitória sem aparelhamento, sem conchavos de gabinete, forjada na escuta dos territórios, nos debates com os militantes e nas reuniões que vararam madrugadas.
“Vencemos porque não abrimos mão da nossa alma. Não negociamos nossa identidade. E porque acreditamos, de verdade, na força de quem luta e constrói com os pés no chão e a cabeça nas estrelas”, afirmou emocionada uma filiada, ao final da plenária.
UM PROCESSO ESCALDANTE, UMA CONSTRUÇÃO MEMORÁVEL
O caminho até essa vitória não foi fácil. O Congresso 18 foi, desde o início, uma verdadeira prova de fogo para a democracia interna da Rede. Denúncias de manobras regimentais, tentativas de ampliação indevida de delegações, gritos e suspensões de fala marcaram a jornada.
Ainda assim, a militância não recuou. Ao contrário: avançou, uniu-se e resistiu.
Foi um processo escaldante, tenso, emocionalmente exaustivo, mas também memorável, pedagógico e histórico. A vitória foi construída no corpo e na alma, nas disputas das ideias e nas palavras gritadas em defesa da base, da autonomia dos núcleos, da dignidade política.
O FIM DE UM CICLO E O NASCIMENTO DE UMA NOVA REDE
A derrota da tendência institucional não é apenas uma mudança de direção: é o encerramento de um ciclo de centralização, pragmatismo e alianças conservadoras. A nova linha aprovada pela maioria dos delegados aponta para:
- Descentralização total da estrutura partidária
- Autonomia efetiva dos núcleos estaduais e municipais
- Reconexão com os movimentos sociais e populares
- Rejeição às alianças incoerentes com os princípios fundadores da Rede
- Formação política de base como prioridade estratégica
A Rede Pela Base não apenas venceu - refundou o partido. O que se viveu neste Congresso foi mais do que uma disputa entre tendências: foi um confronto entre projetos de sociedade.
A HISTÓRIA FOI FEITA EM BRASÍLIA
O Congresso Nacional da Rede 18 não será apenas lembrado. Ele será estudado, citado, referenciado como o marco da virada de um partido que, diante da encruzilhada, escolheu caminhar junto à sua militância e não sobre ela.
“Esse foi o congresso mais importante da história da Rede. E será lembrado como o dia em que a política venceu o cálculo, e o povo venceu o aparelho”.
A Rede Pela Base venceu. E com ela venceu o sonho de uma política viva, honesta e construída coletivamente.
O Brasil inteiro assistiu. Agora, é hora de reconstruir. A partir do chão, das bases, dos abraços, das lutas.
Brasília queimou - mas das cinzas, nasceu uma nova Rede pela Base.