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O senador Rogério Marinho (PL-RN), junto a diversas lideranças da oposição no Congresso, apresentou nesta segunda-feira (9) um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento foi entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e contou com o apoio de mais de 150 deputados e 30 senadores.
Críticas ao desequilíbrio entre os poderes
Rogério Marinho argumentou que o pedido de impeachment é uma resposta ao que ele considera ser um "desequilíbrio entre os poderes", o que, em sua visão, coloca em risco a democracia brasileira. Ele criticou duramente o comportamento de Alexandre de Moraes, referindo-se ao ministro como um "xerife da nação" e comparando sua atuação à frase de Luís XIV: "O Estado sou eu".
Episódios de 8 de janeiro e imparcialidade questionada
Marinho mencionou os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, nos quais Alexandre de Moraes se declarou vítima. O senador usou esse episódio para ilustrar o que acredita serem arbitrariedades cometidas contra uma ideologia específica da sociedade brasileira, colocando em xeque a imparcialidade do ministro.
Crítica ao STF e sentimento de injustiça
O senador destacou que, em sua visão, há um sentimento crescente de injustiça e impotência nas ruas do Brasil. Ele afirmou que a atuação do STF tem sido mais política do que legal, o que estaria desestabilizando o Estado de Direito e minando a credibilidade do Judiciário. "A Justiça perdeu a credibilidade e precisamos defender o Judiciário, o Legislativo e a democracia", afirmou Marinho.
Chamado à população e à defesa da Constituição
Rogério Marinho finalizou seu discurso pedindo o apoio da população para pressionar seus representantes no Congresso a dar seguimento ao processo de impeachment. Ele ressaltou que a Constituição precisa ser erguida como um "escudo" para defender os direitos da sociedade brasileira, conclamando os eleitores a buscarem justiça através de seus representantes.