O chefe de políticas públicas da Meta Brasil, Dario Durigan, disse que o WhatsApp avisou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que não será feita "nenhuma mudança significativa de produto" para as eleições deste ano.
"Em uma mensagem de tranquilidade e reconhecimento da importância do Brasil, o WhatsApp disse ao ministro Barroso [então presidente do TSE] que nada, nenhuma mudança significativa de produto será feita no Brasil até o fim das eleições", afirmou Durigan em entrevista ao site Poder360.
Apesar de negar grande mudança, o chefe de políticas públicas também afirma que o WhatsApp fez a lição de casa com o objetivo de se preparar para as eleições de outubro. Acusado de contribuir com a disseminação de desinformação e notícias falsas, o aplicativo foi utilizado para o disparo de mensagens em massa nas eleições de 2018.
"O WhatsApp está no Brasil e cumpre a lei brasileira. O WhatsApp tem um compromisso com as instituições do Brasil", acrescentou Durigan.
Recentemente, o WhatsApp anunciou o lançamento de um novo recurso que permite que os usuários acompanhem grupos de discussões sobre temas que eles desejarem. Especialistas acreditam que o recurso poderia facilitar a difusão de desinformação.
Durigan foi questionado sobre as medidas práticas que o WhatsApp para este ano e ele disse que a plataforma se propõe a "manter uma plataforma de criptografia de ponta-a-ponta, que tem uma importância fundamental para a privacidade, para grupos minoritários, e comunidades de pessoas, e ao mesmo tempo fazer o combate à desinformação e à viralidade".
Segundo o empresário, outro recurso é um ícone de lupa que aparece no lugar do botão de encaminhamento de mensagens que são frequentemente encaminhadas. "Você cria aqui um incentivo para a pesquisa daquele conteúdo que já vem sendo encaminhado muitas vezes e por isso tem potencial de viralidade." Além disso, ele destaca que há "contas de WhatsApp oficiais com checadores de fato". "Em paralelo a isso, tivemos derrubadas de anúncios", completou.
uol