O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, que atua no Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pediu nesta sexta-feira, 4, que seja decretado o bloqueio de bens do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos).
O pedido foi feito no âmbito do processo que investiga eventual conflito de interesses na contratação dele pela empresa de consultoria Alvarez & Marsal. Hoje, Moro se coloca como pré-candidato à Presidência da República.
Após Moro revelar os valores que recebeu da empresa-norte americana, Furtado havia solicitado que a investigação fosse arquivada, mas recuou e afirmou que, após análise de fatos novos, acredita que a apuração deve continuar.
“Revendo os fatos e diante dos nossos elementos analisados, entendo que a possibilidade de arquivamento processual se torna insubsistente”, escreveu o subprocurador.
O objetivo principal é averiguar se houve irregularidade na contratação de Sergio Moro para que ele pagasse menos tributos no Brasil.
Ele solicita a indisponibilidade de bens até a apuração completa dos fatos. O pedido foi encaminhado para o ministro Bruno Dantas, relator do caso.
Segundo o procurador, há inconsistência nos documentos que comprovam a contratação de Moro pela Alvarez & Marsal “já que os recibos isolados (além de inconclusivos no caso dos emitidos nos EUA) provam os valores nele registrados, mas não a inexistência de outros”.
Em live em 28 de janeiro, Moro afirmou ter recebido cerca de R$ 3,7 milhões da empresa em que trabalhou de novembro de 2020 a outubro de 2021.
Em nota, Moro disse que recebeu a notícia com “perplexidade” e afirmou que o pedido evidencia “abuso de poder” do representando do Ministério Público de Contas.
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