O pastor Silas Malafaia, um dos principais apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), expressou sua profunda decepção com o ex-presidente em declarações recentes. Malafaia, que historicamente tem sido uma voz forte a favor de Bolsonaro, agora critica a falta de ação do ex-presidente nas eleições municipais de São Paulo, alegando que ele se omitiu por medo de ser derrotado por Pablo Marçal (PRTB).
Malafaia não hesitou em questionar o papel de Bolsonaro como líder, disparando: “Que porcaria de líder é esse?”. Para ele, a liderança não deve ser guiada apenas pela popularidade nas redes sociais, mas sim por uma postura firme e proativa nas questões políticas que envolvem a nação.
Em uma série de mensagens “duríssimas” enviadas a Bolsonaro, Malafaia relata que a resposta do ex-presidente foi praticamente inexistente, o que intensificou sua frustração. Ele recordou um momento emocional em que apoiou Bolsonaro, que, segundo ele, ficou muito abalado perto de uma possível prisão, chorando ao telefone por cinco minutos. Essa conexão emocional, no entanto, parece não ter gerado a resposta esperada do ex-presidente.
Adicionalmente, Malafaia mencionou que está disposto a apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como uma alternativa caso Bolsonaro permaneça inelegível até 2026. Essa mudança de lealdade reflete uma crescente insatisfação não apenas com Bolsonaro, mas também com a direção que o movimento político que ele representa está tomando.
O descontentamento de Malafaia com Bolsonaro destaca uma fissura significativa entre alguns de seus antigos aliados e levanta questões sobre a capacidade do ex-presidente de manter sua base de apoio em tempos de crise e incerteza política. Com as eleições municipais se aproximando, essa discussão sobre liderança e compromisso poderá ter implicações importantes não apenas para Bolsonaro, mas para o futuro da política conservadora no Brasil.