Apoiadores de Lula já estão na defensiva nas redes sociais.


Outra denúncia desfavorável a escolha de Daniella foi a de que a irmã da ministra, Djelany de Souza, teria recebido um carro como retribuição por um contrato superfaturado fechado pela Prefeitura de Belford Roxo. Apuração do site 
Metrópoles, que cita inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro, mostra que Djelany teria recebido um Toyota Corolla como um “presente” para agradar Waguinho. De acordo com a investigação, o prefeito teria forjado a licitação para favorecimento da empresa. A denúncia afirma que o prefeito, funcionários municipais e um grupo de empresários, teria cometido crimes como organização criminosa, concussão, fraude a licitações, dispensa ilegal de licitações e peculato – o caso tramita sob sigilo. Apesar das denúncias e investigações, a substituição de Daniela, no momento, está descartada. O ministro Rui Costa, da Casa Civil, minimizou as suspeitas da relação da ministra com integrantes da milícia no Rio de Janeiro. “Não tem nada até aqui, nenhuma repercussão ou materialidade concreta que crie algum tipo de desconforto. Se surgirem coisas novas, aí é outra história, mas até o momento não há nada”, afirmou Costa.

Entre militantes de esquerda e apoiadores de Lula, no entanto, o sentimento é de constrangimento com a participação de Daniela no primeiro escalão do governo. Eleitores do petista pedem que a ministra seja substituída. “Ligação com milícia sempre foi uma crítica contra o antigo governo. Não é possível ter duas interpretações para uma mesma história”, diz um internauta, em resposta no Twitter para Lula. “Lula, exonere Daniela, não perca tempo com este desgaste. A permanência dela é o começo de uma ruína na qual para sua campanha lutamos contra. Milícia não”, escreveu outro. Em troca de mensagens pelo WhatsApp, flagrada pelo jornal O Estado de S. Paulo na quarta-feira, 4, Daniela Carneiro fala sobre o assunto e atribui a fritura a “inimigos”. “Inimigos querendo me queimar, mas não irão conseguir”, escreveu a um interlocutor. 

Fonte: Jovem Pan